Já tinha ouvido boas referências sobre esta banda paranaense, aliás, excelentes referências. As quais diziam se tratar de uma banda de Doom Metal a ser apreciada, pesquisando sobre a mesma descobri ter lançado em 2011 o debut álbum “Black Water Revelation”. Infelizmente só há cópias físicas disponíveis do primeiro álbum (logo terei o meu), mas o EP somente na internet, nada contra tecnologia, contudo quando gosto tenho que ter no meu acervo.
E ouvindo no bandcamp da banda fiquei interessado, passei a ouvir também o EP “Sleep of Damned” (2016) que já tinha uma das musicas do track list de “The Code of the Illumination Theory”.Foi quando meu contato na Mindscrape Music, Tersis Zonato, me avisar do lançamento do novo álbum; ele inclusive é um dos guitarristas da banda (one man band no Lutemkrat). Pois muito bem, para te situar se é que você visitante do TMV não conhece a banda ainda; o Archityrants como já fora supracitado é uma banda de Doom, precisamente de Heavy/Doom e tem influencias de bandas como: Black Sabbath, Candlemass, Solitude Aeturnus e Memento Mori.
Vejam só as influências deste quinteto curitibano, mas se por um átimo de segundo tu pensou que a banda somente copia as mesmas sinto em lhe dizer que erro feio, erro crasso. Influencia apenas, excelente por sinal e que prenunciam o que terás prazer ao por o álbum para rodar em seu cd player. São onze musicas no track list e conforme atestado o que fora dito no seu release traz um Heavy Doom com climas atmosféricos, solos ácidos e vocais líricos. E ai ouso dizer está o forte da banda, o trabalho do vocalista Luxyahak é soberbo: vozes dobradas, vocais limpos, guturais, líricos, um show à parte desta obra prima do Doom Metal nacional e mundial.
A banda além do já exposto foge de sua zona de conforto e convida um multi-instrumentista (Carlos Simas) para agregar instrumentos exóticos em duas musicas: “Promiscuous Hymns” e “Dominion of the Organization”; não por coincidências são ao que destaco no track list, notadamente a última. Pensa que acabou? A temática lírica, como é de praxe no Doom, traz temas inteligentes e que fogem da frivolidade clichê do Metal (nada conta ok?). Como está descrito no release: “As letras contextualizam temas como ficção, filosofia e ocultismo, sempre tendo a tirania como pano de fundo.” Mais uma vez “Dominion of the Organization” se sobrepuja às demais. Doommetallers se ainda não conhecem o Archityrants e nem a sua obra não perca tempo, TheMetalVox recomenda!!!
Jaime “TheMetalVox” Amorim
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